Os melhores esfoliantes de pele

Já ouviste falar de AHA’s ou BHA’s? Eles estão presentes em inúmeros cosméticos e são imensamente badalados por essas redes sociais.

Existem várias classes de esfoliantes

Os alfa-hidroxiácidos (AHA) são também designados como ácidos da fruta.1 O mais pequeno de todos, é o ácido glicólico e segue-se o ácido láctico.1 Qual o interesse desta propriedade? Quanto mais pequena for a molécula, mais tende a penetrar nas camadas da pele e, consequentemente, mais “efeitos secundários” poderá originar, especialmente em peles sensíveis. Outros AHA’s tem uma maior lipofilia (propriedade essencial para “navegar em gorduras”) sendo excelentes para utilização em peles oleosas ou tendencialmente acneicas como o ácido mandélico e o ácido benzílico.1

Já os beta-hidroxiácidos (BHA) têm um grupo hidroxilo ligado no carbono beta.1 Na verdade, em cosmética não se utilizam BHA’s propriamente ditos mas sim substâncias que, pelas suas características, tanto podem ser AHA’s como BHA’s.1 É o caso do ácido málico e do ácido cítrico.1 Alguns investigadores defendem que o ácido salicílico não se enquadra nesta categoria uma vez que se comporta de maneira totalmente diferente.1 No entanto, ele encontra-se identificado em vários cosméticos como sendo um BHA.

Polihidroxiácidos (PHA)

Os polihidroxiácidos ocorrem de forma natural em inúmeras reações do metabolismo dos hidratos de carbono.1 É o caso do ácido glucónico e da gluconolactona.1 O mais utilizado na cosmética é a gluconolactona. Ela reforça a barreira cutânea, sendo também um hidratante e anti-oxidante bastante suave para a pele.1 Alguns estudos in vitro, demonstram que, ao contrário do que acontece com o ácido glicólico, esta não causa a sensibilização da pele aos raios UV-B.1

Ácidos biónicos

De seu nome: ácido lactobiónico, ácido maltobiónico e ácido celobiónico.1 Eles resultam de uma oxidação enzimática ou química dos respetivos dissacarídeos (lactose, maltose e celobiose).1 São higroscópicos, atraindo e retendo água com relativa facilidade e, por isso, formam uma matriz de gel que pode ter efeitos calmantes e de proteção em peles inflamadas.1

Qual é a sua utilidade numa rotina de skincare?

Pele seca e hiperqueratinização

A xerose, mais conhecida como pele seca, melhora substancialmente com a aplicação de hidratantes como a glicerina e o propilenoglicol.1 Mas quando isto não é suficiente, entram em ação os AHA’s com a sua capacidade de restaurar o estado “saudável” de descamação e retenção de água da pele.1

Hiperpigmentação

Atuam nas várias alterações visíveis que ocorrem numa pele fotoenvelhecida ou, por outras palavras, uma pele envelhecida devido à exposição da luz solar.1 Essas alterações incluem: queratoses seborreicas, queratoses actínicas, lentigo e manchas.1

Rugas

São verdadeiros compostos anti-rugas. Estimulam a produção de ácido hialurónico e de outros glucosaminoglicanos, atuam no aumento das fibras de colagénio e também na qualidade das fibras de elastina.1 E desta forma, devolvem o aspeto jovem e preenchido à pele.

Pele sensível e rosácea

Em especial, os PHA e os ácidos biónicos, podem ser utilizados em peles sensíveis com rosácea e dermatite atópica.1 Não causam as famosas sensações de picada e queimadura (características dos AHA) e melhoram os resultados das terapêuticas para estas patologias.1

Agentes de Peeling

Em altas concentrações e aplicados por curtos períodos de tempo, conseguem induzir uma descamação substancial da pele.1 Esta renovação acelerada da derme e da epiderme tem ação anti-envelhecimento e de tratamento complementar em casos de acne, rosácea e hiperpigmentações.1

O que deves ter em conta para obter bons resultados

Se estás a começar é muito importante que comeces com concentrações mais baixas. É também importante que estejas atenta à presença de hidroxiácidos em mais do que um produto na tua etapa de skincare e que não é desejável.

Além disso, utiliza protetor solar no dia seguinte! (Mas isto nem devia ser uma questão…certo?)

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Bibliografia

1- Clinical and cosmeceutical uses of hydroxyacids, Green B et al.

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